Espécie endêmica do Brasil (Flora do Brasil 2020 em construção, 2019), com ocorrência nos estados da BAHIA, município de Almadina (Jardim et al. s/n) Jaguaquara (Thomas et al., s/n); ESPÍRITO SANTO, municípios de Cariacica (Saiter 499), Conceição da Barra (Menezes et al. 1876), Guarapari (Fabris 677), Linhares (Folli 674), Nova Venécia (Pena 560), Santa Leopoldina (Fontana 5003), Santa Teresa (Varassim 22), São Mateus (Firmino 1184), Vila Velha (Pirani 3469)
Árvore com até 19 m, endêmica do Brasil (Flora do Brasil 2020 em construção, 2019). Foi documentada em Floresta Ombrófila associada à Mata Atlântica em doze municípios distribuídos pelos estados da Bahia e Espírito Santo. Apresenta distribuição relativamente ampla, porém ocorrência exclusiva a formações florestais atualmente severamente fragmentadas e AOO=84 km². Mesmo com registros de ocorrência realizados dentro de Unidades de Conservação de proteção integral, sabe-se que as florestas de Tabuleiro dessa região têm sido ameaçadas pelo desmatamento, em consequência dos plantios de coco, manejo da cabruca, cana-de-açúcar, seringais, dendê, piaçava, agropecuária, silvicultura em larga escala e pelo aumento da atividade turística e especulação imobiliária (Alger e Caldas,1996; Mendonza et al., 2000; Paciência e Prado, 2004; Pardini, 2004; Rolim e Chiarello, 2004; Souza e Becker, 2018). Restam atualmente na Bahia 11,1% da Mata Atlântica original, e no Espírito Santo cerca de 10,5% (SOS Mata Atlântica e INPE, 2019). Grande parte do montante dessa área está fragmentado e submetido a intensa pressão antrópica a partir da retirada de madeira e desmatamento generalizado para a implementação das atividades agropecuárias (Paciência e Prado, 2004; Lapig, 2018), promovendo efeito de borda severo em fragmentos e áreas contínuas de mata (Paciência e Prado, 2004) que implicam na redução da qualidade do habitat da espécie. Os municípios onde R. capixabae foi documentada sofrem forte especulação imobiliária, extração de areia e turismo predatório, além do avanço da fronteira agrícola e pecuária (Lapig, 2018; Rocha et al., 2007). Embora a taxa de desmatamento tenha diminuído nos últimos anos, ainda está em andamento, e a qualidade e extensão de áreas florestais encontram-se em declínio contínuo há pelo menos 30 anos (Fundação SOS Mata Atlântica e INPE, 2018). Assim, infere-se declínio contínuo em extensão e qualidade de habitat. Diante disso, a espécie foi considerada Em Perigo (EN) de extinção neste momento. Recomendam-se ações de pesquisa (distribuição, busca por novas localidades, censo e tendências populacionais) e conservação (Plano de Ação) urgentes a fim de se garantir sua perpetuação na natureza, pois as pressões verificadas ao longo de sua distribuição podem ampliar seu risco de a extinção no futuro. É crescente a demanda para que se concretize o estabelecimento de um Plano de Ação Nacional (PAN) previsto para partes de sua região de ocorrência.
Espécie descrita em: Novon, 17(4): 462-471, 2007. Nome vulgar: grão-de-gato (Folli 6201).
Estresse | Ameaça | Declínio | Tempo | Incidência | Severidade |
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1.1 Ecosystem conversion | 2.1 Annual & perennial non-timber crops | locality,habitat | past,present,future | regional | high |
Linhares (ES) está entre os municípios brasileiros produtores de cana-de-açúcar, cujos plantios iniciaram a partir da década de 1980 e substituíram as florestas nativas e áreas de tabuleiros (Mendonza et al., 2000; Oliveira et al., 2014; Pinheiro et al., 2010; Tavares e Zonta, 2010). Tais cultivos são associados a prática da queima dos canaviais, com a finalidade de diminuir a quantidade de palha e facilitar a colheita (Mendonza et al., 2000; Oliveira et al., 2014; Pinheiro et al., 2010; Tavares e Zonta, 2010). De acordo com a Resolução MAPA nº 241/2010, Linhares é um dos municípios indicados para o plantio de novas áreas de cana-de-açúcar, destinadas à produção de etanol e açúcar. A Conab (2018) estima uma área de cana-de-açúcar de 47,6 e 45,3 mil ha, respectivamente para as safras 2017/2018 e 2018/2019 no Espírito Santo. | |||||
Referências:
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Estresse | Ameaça | Declínio | Tempo | Incidência | Severidade |
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1.1 Ecosystem conversion | 2.2 Wood & pulp plantations | locality,habitat | past,present,future | regional | high |
O município de Conceição da Barra com 118489 ha tem 38794 ha (33%) de seu território utilizados para reflorestamento (Lapig, 2018). O município de Guarapari possui 296 ha de florestas plantadas (Lapig, 2018). O município de Linhares com território de 350371 ha, possui 10596 ha com floresta plantada (Lapig, 2018). A região no entorno da APA da Pedra do Elefante (Nova Venécia - ES) é dominada por diversas plantações e por reflorestamento de Eucalipto (Google Earth Pro Version 7.3.2., 2018). O município de Santa Teresa com 68315 ha tem 2,6% de seu território (1822 ha) transformados em Floresta Plantada (Lapig, 2018). | |||||
Referências:
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Estresse | Ameaça | Declínio | Tempo | Incidência | Severidade |
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1.1 Ecosystem conversion | 2.3 Livestock farming & ranching | locality,habitat | past,present,future | regional | high |
O município de Almadina com 24523 ha tem 37% de seu território (9155 ha) convertidos em pastagens (Lapig, 2018). O município de Jaguaquara (BA) com 92823 ha possui 41119 ha que representam 44% de seu território convertidos em pastagem (Lapig, 2019). O município de Cariacica com 27986 ha tem 12,5% de seu território (3514 ha) transformados em pastagens (Lapig, 2018). O município de Conceição da Barra com 118489 ha, tem (10496 ha) 8,9% de seu território convertidos em pastagem (Lapig, 2018). O município de Guarapari com 59060 ha, possui 26% de sua área (15627 ha) convertida em pastagem (Lapig 2018). O município de Linhares com 350371 ha, possui 34% de sua área (117270 ha) convertida em pastagem (Lapig 2018). O município de Nova Venécia (ES), com cerca de 144216 ha, contém 45% de sua área convertida em pastagens (Lapig, 2018). O município de Santa Leopoldina (ES), com cerca de 71.809 ha, contém 17,4% de sua área convertida em pastagens (Lapig, 2018). O município de Santa Teresa com 68315 ha tem 12,3% de seu território (8449 ha) transformados em pastagem (Lapig, 2018). O município de São Mateus com 233870 ha, tem 20% de seu território (46329 ha), transformados em pastagem (Lapig, 2018). | |||||
Referências:
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Estresse | Ameaça | Declínio | Tempo | Incidência | Severidade |
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1.2 Ecosystem degradation | 3.2 Mining & quarrying | habitat | past,present,future | regional | high |
A perda e fragmentação de habitat no domínio da Mata Atlântica está aumentando rapidamente. Afloramentos graníticos também estão sofrendo um conjunto particular de ameaças, incluindo exploração de pedreiras, mineração e invasões biológicas, que reforçam a necessidade de proteção dos inselbergs e de sua extraordinária biodiversidade, especialmente como resultado dos altos níveis de endemismo. O pesquisadores alertam para a necessidade de ações urgentes de conservação e propõem a inclusão dos afloramentos rochosos na agenda brasileira de conservação da diversidade biológica (L.F.A. de Paula et al., 2016). | |||||
Referências:
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Ação | Situação |
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1 Land/water protection | on going |
Reserva Estadual Wesceslau Guimarães (Thomas et al. s/n); Reserva Biológica Augusto Ruschi (Rossini 353); Parque Municipal de Jacarenema (Wandekoken 346); Parque Estadual Paulo César Vinha (Wandekoken 93); Reserva Biológica de Duas Bocas (Saiter 499); Reserva Biológica do Córrego Grande (Ribeiro 552); Reserva Florestal da CVRD (Sartori 201); APA Pedra do Elefante (Pena 560); Flona de Goytacazes (Siqueira 673); Reserva Biológica De Comboios, Parque Natural Municipal Do Monte Mochuara, Área De Proteção Ambiental Lagoa Encantada, Área De Proteção Ambiental Costa De Itacaré/ Serra Grande, Reserva Biológica Do Córrego Grande |
Ação | Situação |
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1.1 Site/area protection | needed |
A espécie ocorre em um território que será contemplado por Plano de Ação Nacional (PAN) Territorial, no âmbito do projeto GEF pró-espécies: todos contra a extinção : Território Espírito Santo - TER33 e 46 |
Uso | Proveniência | Recurso |
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17. Unknown | ||
Não existem dados sobre usos efetivos ou potenciais. |